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Mostrando postagens de setembro, 2019

MALI

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MALI Quando me perguntavam no Brasil se iríamos ao Mali na nossa viagem, eu respondia que não. Iríamos pela costa, o tempo todo. Todos que faziam a pergunta diziam que era perigoso, então ainda bem que eu não iria. Tivemos que mudar o plano inicial por causa das condições das estradas em função das chuvas. Passei a considerar o Mali como única alternativa para fugir de trechos que iriam ser incômodos demais. Conversei com alguns viajantes sobre segurança e estradas. Não haveria problemas. Os mais arrojados disseram que era possível viajar por tudo, mesmo com a presença de grupos rebeldes em confronto com tropas francesas mais ao norte. Segui o conselho dos conservadores e entramos tranquilamente pela fronteira de Massala, limitando nossa incursão ao oeste do país. Como o leste do Senegal já não era um exemplo de evolução e prosperidade, o choque na entrada não foi tão grande. Mas na medida em que avançávamos no país, a pobreza e a precariedade ficavam evidentes. Povo tranquilo e

VIAJANDO – JÁ NO MALI

VIAJANDO – JÁ NO MALI Pode parecer um passeio de 6 meses. Não precisar trabalhar. Poder fazer tudo o que quer. No começo foi bem turístico. Tirando a obviedade da facilidade de se viajar na Europa, nossos 30 dias no Marrocos foram sim um passeio. Lugares belíssimos, comida interessante e boa, boa acomodação em hotéis, campings, casas, apartamentos, cansaço gostoso, estradas em ótimo estado. Mas mesmo assim é preciso continuar ensinando e educando as crianças, brigando, gritando muitas vezes, acalmando, como se estivéssemos em casa, mas aqui sem a rotina que no final acaba organizando a vida de todos. Daí veio a Mauritânia. Planejar o roteiro diariamente, porque aqui tudo muda constantemente. Torcer por um lugar decente para se passar a noite, quando a opção de um lugar bom já não é mais possível. Conseguir vistos, se submetendo a burocratas de 5° escalão, mas dos quais você depende 100%. Trabalhar entre tudo isto, na maioria das vezes apenas orientando e respondendo questioname

SENEGAL

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ENTRANDO NO SENEGAL O Senegal começou com uma fronteira facílima, relaxed , como dizem os overlanders . Imigração em 5 minutos, para 4 pessoas, com direito a coleta de impressões digitais e fotos. Para a importação temporária do carro, o agente aduaneiro, um fã de basquete, vestido com uma camisa do Kentucky Wildcats, assistindo a um jogo do campeonato africano de basquete feminino, que acontecia não muito longe dali, em Dakar, facilitou ainda muito as coisas. O senegalês de quase 2 metros de altura gostou de saber que eu tinha morado no Kentucky, era fã do time da UK e ainda por cima conseguia citar vários nomes de jogadores do time do Rick Pitino da temporada de 1994/1995. Gastei apenas tempo demais para comprar um SIM Card, o primeiro desde o Marrocos, aonde tínhamos pago muito pouco, por internet abundante e de qualidade. Ali o preço era alto e para poucos megabites . O calor aqui era diferente da Mauritania. Quente e úmido.   Rumamos para Saint Louis, conhecendo a prim