MALI
MALI Quando me perguntavam no Brasil se iríamos ao Mali na nossa viagem, eu respondia que não. Iríamos pela costa, o tempo todo. Todos que faziam a pergunta diziam que era perigoso, então ainda bem que eu não iria. Tivemos que mudar o plano inicial por causa das condições das estradas em função das chuvas. Passei a considerar o Mali como única alternativa para fugir de trechos que iriam ser incômodos demais. Conversei com alguns viajantes sobre segurança e estradas. Não haveria problemas. Os mais arrojados disseram que era possível viajar por tudo, mesmo com a presença de grupos rebeldes em confronto com tropas francesas mais ao norte. Segui o conselho dos conservadores e entramos tranquilamente pela fronteira de Massala, limitando nossa incursão ao oeste do país. Como o leste do Senegal já não era um exemplo de evolução e prosperidade, o choque na entrada não foi tão grande. Mas na medida em que avançávamos no país, a pobreza e a precariedade ficavam evidentes. Povo tranquilo e ...